Conheça o Projeto
Encosta Viva é um projeto de extensão e pesquisa de ações socioeducativas para redução de riscos e desastres associados a deslizamentos de terra através da promoção da troca de saberes entre população, acadêmicos e gestores públicos e, assim, fomentar a participação colaborativa dos diferentes atores na gestão do risco.
As ações socioeducativas devem promover uma reflexão pessoal que motive uma mudança de comportamento dos atores sociais envolvidos nos desastres e de suas inter-relações em prol da redução das vulnerabilidades e riscos.
Coordenado pela POLI/UFRJ e com a colaboração de diversas pessoas e instituições, o projeto envolve o planejamento, concepção, construção e implementação de intervenções socioeducativas com a finalidade de criar um campo de troca de saberes e de discussões sobre os aspectos físicos e sociais envolvidos pelo tema de desastres associados a deslizamentos.
As ações podem ser experimentais, temporárias ou permanentes e, normalmente, envolvem recursos como maquetes, jogos, oficinas de teatro, de fotografia, rodas de conversa e outros instrumentos, procurando conferir interatividade, interdisciplinaridade, criatividade, inovação e a conectividade com a realidade local às atividades.
O nome “Encosta Viva” está ligado às formas com que se deseja que uma “encosta” seja vista. “Viva” lembra que a encosta não é estática, seus movimentos fazem parte dos processos físicos da natureza.
É “viva” porque os seres que ali estão dão vida a esse ecossistema. E o “viva” remete a intenção principal do projeto, que a vida ali seja preservada.
Divulgação Científica
Difundir o tema, abordando seus aspectos físicos como os sociais e promovendo a troca de saberes.
Sensibilização dos atores sociais
Incentivar a participação da população nas ações de redução de riscos e sensibilizar os atores para uma gestão participativa.
Pesquisa e ações socioeducativas
Estudar as experiências das ações socioeducativas para propor métodos que possam ser replicados pela sociedade
Em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, têm se observado um aumento significativo da quantidade e magnitude dos desastres associados a deslizamentos de terra. Esse quadro aponta para a necessidade de um redirecionamento na gestão de riscos focada unicamente na execução de medidas estruturais.
Seguindo os preceitos dos marcos de Hyogo e de Sendai, para a redução efetiva dos riscos deve-se priorizar a redução das vulnerabilidades, o engajamento pessoal e a gestão participativa.
A compreensão das condições ambientais e das ações humanas que contribuem para a configuração de situações de desastre estimulam mudanças no comportamento individual e da comunidade que, por sua vez, favorecem o engajamento dos diferentes atores no desenvolvimento de estratégias de redução de riscos.
Nessa perspectiva, a educação se coloca como uma das principais ações para a redução de riscos de desastres. O Projeto Encosta Viva conta com o apoio da Faperj, CNPq e do Programa Institucional de Fomento Único de Ações de Extensão (PROFAEX), da UFRJ.